Mais do mesmo - menos é mais


A expressão, quando não é desculpa para baixo orçamento e incompetência, é banalizada pela publicidade e política em seus filmes “documentais”.

O sentido que entendemos e defendemos essa máxima, não é no sentido demagogo, que se esforça demasiadamente para soar autêntico, espontâneo e paradoxalmente para conquistar uma cumplicidade do público por meio de uma planejada e metódica estratégia.

Tampouco é discurso de vídeo-artista/estudante, que ignorando toda arte vanguardista de baixo orçamento da década de 60, pensa estar revolucionando alguma coisa.

Entendemos “Menos é Mais” como uma diretriz, ou um alicerce de crenças de quem é consciente do século em que vivemos. O século do espetáculo morreu, tudo que poderia ser visto na TV e Cinema (referente à forma), já foi visto. O que vier daqui pra frente é vídeo game, internet ou qualquer outro tipo de mídia.

Se o audiovisual publicitário (TV, Cinema ou até Web) pretende sobreviver a todas essas revoluções de mídia, deve antes amadurecer, e esse amadurecimento pré-supõe um abandono de fórmulas espetaculosas demasiadamente utilizadas em toda década de 90 e anos 2000. Nesse sentido, menos elementos, bem dirigidos e bem orquestrados. Mais conteúdo, mais densidade nas personagens, mais paradoxos e ambiguidades. Ao contrário dos comerciais dos anos 90, e em superação ao modelo “menos é mais” aplicado apenas à forma (década passada), o foco hoje deve ser a qualidade e não quantidade.

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